O Engenho Mucambo é famoso por ser o único do Rio Grande do Norte e um dos poucos do país a fabricar uma cachaça amaciada por dois anos em barril de amarelo cetim – a Maria Boa, que é do tipo ouro. Já a que leva o rótulo Mucambo é armazenada em barril de umburana, que dá um sabor também diferenciado à bebida. São quatro barris – três de amarelo cetim e um de umburana – com capacidade para armazenar 20 mil litros de cachaça cada um. O engenho produziu 35 mil litros de cachaça na última safra, período entre os meses de novembro e março. Liquido suficiente para proporcionar uma receita de R$ 600 mil ao ano.
Mas a empresa vai abrir outra linha de produtos e deve lançar ainda neste semestre a cachaça do tipo prata. Serão quase 30 mil litros desse tipo de cachaça que devem chagar até os consumidores potiguares. “A cachaça prata tem uma rentabilidade maior porque é armazenada apenas por seis meses, enquanto as demais passam dois anos sendo amaciadas”, explica Pedro Lima.
A empresa está terceirizando a parte de distribuição para ganhar novos mercados. Hoje, praticamente, a produção supre o mercado potiguar, abastecendo as principais redes de supermercados nativas do Rio Grande do Norte, distribuidoras de alimentos e lojas de produtos regionais. O desafio, no entanto, é entrar no mercado nordestino, sobretudo o paraibano, considerado o com maior consumo per capita de cachaça da região. “Vamos fortalecer a marca no estado e depois partir para outros mercados”, revela a estratégia
Outra estratégia da Mucambo é ampliar a linha de produção para reduzir custos, principalmente com mão-de-obra. Ao aumentar a capacidade produtiva, a empresa consegue manter o volume e encurtar o tempo de produção. Para isso, estão sendo necessários investimentos na modernização da estrutura. Um novo alambique deve dobrar a capacidade produtiva, elevando para 200 mil litros por ano.
Nesse sentido, a inovação também integra o diferencial do engenho. A empresa decidiu apostar na refrigeração individual das dornas de fermentação, os recipientes onde é depositado o líquido para fermentar e obter o produto que será destilado. “Como esse tipo de refrigeração, temos um controle melhor da dorna”. Com a ampliação, o engenho será dotado de dez dornas, das quais três são refrigeradas.
FONTE - GAZETA DE RODÔNIA
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